Tou com uma caneta na mão e um caderno à minha frente à espera, muito pacientemente, que me chegue a inspiração, tal e qual uma criança sentada em frente ao pinheiro de natal, à espera do Pai Natal na noite de 24 de Dezembro.
Apesar de a paciência não ser o meu forte eu tento perseverantemente, sim porque a perseverança talvez seja o meu forte. Paciência é diferente de perseverança: a paciência é acomodada, já a perseverança é insistente e eu não posso ser paciente, eu não sei esperar, só sei lutar e procurar até encontrar aquilo que quero.
E Enquanto não encontro a inspiração a minha mente começa a dispersar e dou por mim a pensar nos panados que comi ao jantar porque já tenho fome outra vez, e começo a contar as linhas do caderno, só mesmo para passar o tempo, enquanto tento esperar pela inspiração fugida.
Tenho que me concentrar! A inspiração é um bicho selvagem, que se a queremos apanhar tem que ser naquele exacto momento em que ela está distraída. Se nos foge das mãos nunca mais a apanhamos.
Dizem que se esperarmos por ela todos os dias, à mesma hora, num determinado lugar ela começa a aparecer com mais frequência... só precisamos de ter paciência! É por isso que eu prefiro apanhá-la desprevenida e agarrá-la com toda a força, porque sei que só assim ela me dá o seu melhor.
Enfrentar-nos-emos em outras batalhas!
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